Confesso que não percebo nada de política, macroeconomia, micro economia ou economia em geral.
Gosto no entanto da racionalidade. Do primado da razão. Etimologicamente o termo vem do latim rationem, que significa cálculo, conta, medida, regra, derivado de ratus, particípio passado de reor, ou seja, determino, estabeleço, e portanto julgo, estimo.
Segundo Descartes, em “O Discurso sobre o Método”, o conhecimento significativo, só pode ser atingido pela Razão, abstraindo-se a distracção dos sentidos.
E isto tudo tem a ver com o quê, perguntam?
Bem, isto vem a propósito no “novo” imposto extra sobre os rendimentos. Tenho observado, um alterar constante no cálculo do novo imposto para este ano que me deixa preocupado. Vamos aplicar a Razão:
1º Eu ganho 100,00 €/mês (valor pequeno eu sei, mas de contas simples);
2º Segundo a primeira informação sobre o imposto eu iria pagar 1% sobre o meu rendimento a partir de Junho, logo 9 meses (não esquecer os subsídios, que eles também não) vezes 100,00 € vezes 0,01. O resultado é 9,00 €.
3º Segundo a nova informação do governo a nova taxa será calculada de uma forma proporcional e aplicada aos rendimentos anuais. Assim, temos, 14 meses vezes 100,00 € vezes 0,01 vezes 7 a dividir por doze. O resultado é 8,17 €.
Que conclusão podemos tirar destes resultados. Uma vez mais estamos a navegar à vista. Se as contas iniciais entravam em conta com o primeiro resultado e na realidade temos o segundo, alguém vai ter que pagar. Mas como as tabelas de retenção na fonte vão entrar em conta com o primeiro caso, mais tarde vão devolver a diferença……
Ou não!
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